ácido beta-boswélico, ácido (3α)-3-hidroxiurs-12-en-24-oico, fórmula C30H48O3 - 456,7 g.mol-1 é uma substância sólida nas condições ambiente.
Na molécula do ácido beta-boswélico, salienta-se:
Franquincenso (Frankincense, em inglês) ou olíbano (Olibanum, em latin), é a mais conhecida das resinas aromáticas, usada em todo o mundo, principalmente como incenso em cerimônias religiosas. Também é muito usada na perfumaria. Ela é uma seiva resinosa obtida de árvores africanas e asiáticas do gênero Boswellia. A maioria das árvores deste gênero são aromáticas e muitas delas produzem uma seiva resinosa perfumada, mas dizem que apenas a espécie Boswellia sacra produz uma grande quantidade de resina, conhecida como incenso verdadeiro. De acordo com o Evangelho de Mateus, ouro, olíbano e mirra foram os três presentes dados a Jesus pelos Reis Magos.
Um dos primeiros registros do uso do olíbano foi encontrado numa inscrição na tumba da rainha Egípcia do século XV a.C conhecida como Hathsepsut. Os antigos egípcios queimavam o olíbano como incenso e depois pulverizavam a resina carbonizada gerando um pó chamado de kohl. Este era usado para fazer a linha preta ao redor dos olhos, muito comum nas figuras da arte Egípcia.
Hoje em dia, muitas igrejas deixaram de utilizar a resina pura para utilizar uma mistura de bálsamos. A fumaça gerada continua visível, mas sem uma turvação excessiva, ideal para as cerimônias.
O olíbano é obtido, principalmente, das espécies B. carteri, B. sacra, B. frereana e B. Serrata, que crescem num ambiente quente e árido. Após incisões no tronco das árvores, é liberado um óleo resinoso que seca ao sol quente do deserto e endurece, gerando uma resina de cor amarelo pálida, na forma de lágrima. Esta resina é utilizada como anti-inflamatório natural e anti-artrítico.
O óleo essencial da resina pode ser obtido através da destilação por arraste a vapor e contêm, dentre outras substâncias, alfa-terpeno, limoneno, alfa-tujeno, acetato de octila, beta-cariofileno, p-cimeno, e incensol.
Os extratos da resina possuem, como componentes majoritários, os triterpenos pentacíclicos do tipo ursano chamados de ácidos boswélicos, sendo o ácido beta-boswélico o mais abundante.
Pesquisas mostraram que os ácidos beta-boswélico, ceto-beta-boswélico e acetil-ceto-beta-boswélico apresentam atividade contra células cancerígenas. Além disso, o ácido acetil-boswélico apresenta ação anti-inflamatória.
Fonte:
http://www.nature.com/nature/journal/v444/n7121/full/444829a.html
http://www.chm.bris.ac.uk/motm/frankinscence/Home_Gen.html
http://www.sacredfrankincense.com/
Autor: Rafael Garrett, doutorando em química do IQ-UFRJ