Serotonina, C10H12N2O
Química Nova Interativa
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A serotonina é um neurotransmissor, ou seja, uma molécula envolvida na comunicação entre neurônios.
A fórmula molecular da serotonina é C10H12N2O - 176.21 g.mol-1. Seu nome sistemático é 5-hidroxitriptamina.


Na molécula de serotonina salienta-se:

 


A serotonina é uma monoamina, pertencente ao grupo das "aminas biogênicas", produzida a partir do aminoácido aromático essencial L-triptofano.
Sofre hidroxilação pela triptofano hidroxilase, convertendo-se a 5-hidroxi-L-triptofano, que em seguida é descarboxilado pela 5-hidroxitriptofano descarboxilase, resultando na 5-hidroxitriptamina (serotonina).

 

 

Reação1

 


A serotonina apresenta funções diversas, como o controle da liberação de alguns hormônios e a regulação do ritmo circadiano, do sono e do apetite.

Algumas fontes alimentares de aminoácido triptofano são:
- leite e iogurte desnatado;
- queijo branco;
- carne e peixe;
- banana, abacate;
- legumes;
- feijão, soja;
- mel;
- nozes, castanha, amendoim.

 

Também é encontrada na secreção de vespas e no veneno do escorpião, onde funciona como irritante, pois sua injeção intravenosa leva à dor; formigamento náusea; cólicas e outros sintomas desagradáveis.

A serotonina foi inicialmente reconhecida como um potente vasoconstritor no soro sangüíneo e foi isolado, em 1948, por Page, sendo mais tarde associada ao sistema nervoso central. É produzida naturalmente pela glândula pineal, que fica bem no centro do cérebro humano. O ser humano adulto possui apenas 5 a 10 mg de serotonina, 90% fica no intestino e o restante nas plaquetas sanguíneas e no cérebro.

Baixos níveis de serotonina estão aparentemente relacionados com o humor, emoções, ansiedade, desordens obsessivas compulsivas, comportamento agressivo e à depressões, de leves a graves, associada aos sintomas de ansiedade, apatia, medo, sentimentos de inutilidade, insônia e fadiga. As evidências mais concretas da ligação entre a serotonina e a depressão é a diminuição das concentrações de metabólitos da serotonina no líquor e nos tecidos do cérebro de pessoas deprimidas. Fármacos que aumentam a quantidade de serotonina no cérebro podem ser úteis no tratamento de pacientes deprimidos. Medicamentos antidepressivos aumentam os níveis de serotonina na sinapse através do bloqueio da recaptação da serotonina na célula pré-sináptica.

Alguns autores sugerem haver correlação entre a melhora do bem-estar, que ocorre com a ingestão de chocolate, com o aumento da serotonina do cérebro, entre outros neurotransmissores.

 

Créditos:
Contribuição de Thais M. Uekane, da PG em Ciência dos Alimentos da UFRJ, com apoio textual inspirado em http://www.chm.bris.ac.uk/motm/serotonin/home1.htm