Ácido 4,4'-bis-(triazinilamino)-estilbeno-2,2, C20H16N8O 6S2
Química Nova Interativa
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O ácido 4,4'-bis-(triazinilamino)-estilbeno-2,2'- dissulfônico, fórmula C20H16N8O6S2 - 528,06 g.mol-1 é um sólido empregado no branqueamento de tecidos.

Na molécula do ácido 4,4'-bis-(triazinilamino)-estilbeno-2,2'- dissulfônico salienta-se:

O ácido 4,4'-bis-(triazinilamino)-estilbeno-2,2'- dissulfônico é um branqueador de tecidos.

 

As fibras texteis apresentam naturalmente uma coloração amarelada, mesmo após tratamento, normalmente devido à presença de pigmentos que são oriundos da matriz natural.
Na indústria ou mesmo nas lavanderias este amarelado é removido com alvejantes, a exemplo da água sanitária, ou mascarado pelo uso de corantes branqueadores, conhecidos como branqueadores ópticos ou ainda por branqueadores fluorescentes. Sob a aplicação destes produtos, o tecido fica menos amarelado, mais brilhante e mais branco. 
O processo de clareamento de fibras naturais para fins têxteis é conhecido há bastante tempo. No início, empregava-se pequenas quantidades de pigmentos azulados para esta finalidade, a exemplo do anil, do azul ultramarino, etc. O tom azulado reduz a refletância da fibra nos comprimentos de onda maiores do espectro da luz visível, mascarando o amarelado.
Em 1929, Krais já empregara o glicosídeo a esculina para clarear a viscose rayon. Em 1934, Plain e Radley patentearam o uso do ácido 4, 4'-bis-benzoilamino estilbeno 2,2'-dissulfônico e, em 1940, a Bayer introduziu o pigmento Blankophor B como um clareador para o algodão. Após a segunda guerra mundial o aparecimento dos branqueadores fluorescentes deu um grande salto nas indústrias.

 

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Os pigmentos branqueadores devem apresentar, em sua estrutura, anéis aromáticos isolados ou condensados, como benzenos, naftalenos e pirenos, ligados por pontes do tipo azometino ou etileno, além de grupamento ácido. Estruturas químicas desta natureza permitem a absorção da luz na faixa de 330 a 380 nm, na região do ultravioleta, e emitem luz visível em torno de 400 a 450 nm, na região do azul. Para um efeito fluorescente mais intenso, é desejável que as estruturas possuam ainda grupos doadores de elétrons (veja exemplos a seguir). É importante observar ainda que o poder branqueador destas substância vai se esvaecendo com o tempo como resultado da oxidação destes constituintes.

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Atualmente, os principais tipos de branqueadores óticos industriais são derivados estilbênicos, e são obtidos pela condensação de cloreto cianúrico com ácido diamino-estilbeno-dissulfônico, seguido de condensação sucessiva com outras aminas. Mais de 200 produtos estão disponíveis comercialmente, com ampla aplicação na produção de papéis, detergentes em pó, sabões em barra, termoplásticos, tintas para impressão, adesivos e fibras.

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Fonte:
-Kuplish, Tese de mestrado, 2007, UFRGS, http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/10997/000600789.pdf?sequence=1
-http://sitaramdixit.synthasite.com/resources/Detergents%20that%20brighten%20up%20your%20laundry.pdf