Lactose, C12H22O11
Química Nova Interativa
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A LACTOSE é um dissacarídeo que consiste de moléculas de galactose e glicose unidas por uma ligação glicosídica b-1,4. A fórmula molecular da lactose é C12H22O11 - 342,296 g.mol-1. Seu nome sistemático é 4-O-β-D-galactopiranosil-D-glicopiranose.

Na molécula de LACTOSE, salienta-se:

A lactose é um açúcar encontrado somente no leite e representa cerca de 2% a 8% do leite.

O consumo de produtos que contenham lactose:

Serve como fonte de energia e galactose, necessários para o desenvolvimento do sistema nervoso central;
Facilita a absorção de cálcio, fósforo e vitamina D;
Torna a musculatura intestinal mais rígida;
Diminui o pH intestinal, por servir de substrato para a fermentação láctica.


Por a lactose ter um sabor agradável, suas aplicações nas indústrias de alimentos e farmacêuticas tem aumentado desde a década de 60. Tanto a lactose pura como a lactose presente no leite são ingredientes amplamente utilizados na fabricação de diversos produtos, como: sorvetes, farinhas, maionese, geléias, alimentos enlatados e produtos lácteos (queijo, iogurte), dentre outros.

Entre os problemas nutricionais causados pela lactose estão a intolerância à lactose e a galactosemia. O primeiro está relacionado à incapacidade do organismo de produzir a enzima que cliva a lactose em glicose e galactase, podendo ser classificada como congênita, primária ou secundária. Já a galactosemia é a deficiência de uma enzima do metabolismo da galactose, não permitindo que esta seja transformada em glicose. O acúmulo de galactose provoca danos nos rins, fígado, cérebros e olhos ou, até mesmo, a morte, em casos mais graves.


A posição espacial do oxigênio na função acetal, no carbono anomérico (onde ocorre a união dos 2 monossacarídeos), é importante para a distinção de dissacarídeos. Na lactose, ocorre um beta-acetal (veja os átomos e ligações com marcação em verde na figura 1), e na maltose, que é resultado da união de glicose com glicose, ocorre um alfa-acetal (marcação em verde na figura 1).

 

Dissacarídeos

Figura 1- Distribuição de ligações anoméricas em dissacarídeos

 

 

Créditos

Contribuição de Elisabete Barros, da PG em Ciência dos Alimentos da UFRJ